Jessica por Will Conrad & Jack Herbert |
Uma das coisas mais fascinantes da arte é a identificação
com personagens e histórias que ela proporciona. Não são raros os casos de
pessoas que inspiradas em músicas, filmes ou super-heróis venceram desafios em
suas vidas.
Leio quadrinhos desde que me entendo por gente e claro,
muitas vezes me vi retratado nas páginas de gibis como Turma da Mônica, Shade e
Sociedade da Justiça. Isso sem falar na lista
de canções que já rotulei, de forma bem egoísta, como "a música da minha
vida". Quem nunca?
Mas foi bem depois de começar a perder o cabelo e conseguir
um emprego que achei meu "reflexo" na arte. E foi nos quadrinhos. Não
teria como ser diferente. Jessica Cruz é
o nome do último ser humano a assumir o posto de Lanterna Verde do setor 2814.
Mas se engana quem acha que como Hal Jordan e John Stewart, outros detentores
do cargo, ela sempre foi um exemplo de heroísmo. É aí que entra as razões pelas
quais me identifiquei com Jessica.
Quem me conhece sabe que enfrento problemas com crises de
ansiedade e conversar foi a melhor forma que encontrei para enfrentar isso.
Quando conheci Jessica, achei com quem dialogar. Afinal, ela também passou por
experiências que lhe causaram um transtorno de ansiedade e a vontade de se isolar
das outras pessoas. Sei bem como é, Jessica...
A primeira latina a empunhar um anel da Tropa é, assim como
eu, insegura e impulsiva, tanto que antes de ser uma Lanterna, foi possuída pelo
anel do falecido vilão Anel Energético, que se alimenta de medo e insegurança. Mas ela se provou digna do cargo de
super-heroína e assumiu o posto de guardiã esmeralda.
Jessica e eu sempre nos questionamos sobre nossas
capacidades, além de nos julgarmos inferiores e indignos, ao ponto dos constantes
ataques de ansiedade nos impedir de qualquer tipo de ação. Posso não ser Simon Baz, o Lanterna com quem Jessica forma
dupla, mas me sinto caminhando ao seu lado. É lendo suas histórias de superação
e a forma como ela enfrenta a ansiedade, que encontro inspiração para enfrentar
minhas próprias barreiras na vida real. E juntos, já conseguimos provar algumas vezes os
motivos pelos quais nossos destinos nos guiaram até aqui. Obrigado, Jessica.
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